sexta-feira, 10 de julho de 2009

FÉRIAS NA MINHA TERRA


Em só 10 linhas resumir
as férias na minha terra,
é quase como alguém subir
mesmo ao cimo duma serra!

Mesmo assim, eu vou tentar,
porque não há nada a temer.
Decerto, lá hei-de chegar
e nem será preciso correr!

Quem boas férias procurar,
descansar seu corpo e mente,
eu mesmo lhe posso indicar
uma terra, de boa gente!

Não tem centros comerciais,
nem carros por todo o lado,
de dia se ouvem os pardais
e a noite é céu estrelado!

O ar puro que se respira,
sabe bem e põe-nos leves,
e no inverno, se longe se mira,
lá ao fundo se vêem neves!

E essa terra, onde está?
Onde, a quietude é tamanha?
Dão-se dois passos, para lá,
e estamos em terras de Espanha!

Em cada pedra há história,
nesta vila, tão velhinha!
Com um passado de glória,
esta terra é a minha!

Depois da campina de Idanha,
do Extremo se chama a terra,
altiva, mirando Espanha,
conhecem-na por Salvaterra!

É bonito o que aqui digo,
mas mais poderia eu dizer.
Venham vê-la! Não há perigo!
Não se irão arrepender!

Estas quadras quis fazer
para manter a "mens sana",
resta-me pois agradecer,
um grande "bem haja", Susana!


Escrito por: João Celorico
Terra: Salvaterra do Extremo, Concelho de Idanha a Nova, Distrito de Castelo Branco, Portugal

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9 comentários:

  1. Caro João: Conheço Monsanto, Monfortinho e e parece pecado ainda não conhecer a sua terra! Salvaterra de Extremo parece uma terra de poetas natos! Dá vontade ir conhecer e quem sabe, descobrir qual o verdadeiro segredo para tanta inspiração!

    Obrigada pela sua brilhante participação. (ainda que me autorizasse a cortar algumas linhas...a meu ver seria um sacrilégio...)

    Susana

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  2. Cara Susana,
    numa esporádica passagem por casa,foi uma grata surpresa encontrar o seu amável comentário.
    Bem haja
    e lá vai a minha resposta:

    A quem me apelida de poeta
    muito terei que agradecer,
    por vezes, serei um pateta,
    mas serei assim, até morrer!

    Dos meus dotes não me queixo,
    não sou anjo, nem demónio,
    é que não me chamo Aleixo
    e nem sequer sou António!

    Diz que Salvaterra não conhece
    e, por tal pecado, assustada.
    Olhe que ela merece,
    mas, por ora, está perdoada!

    vou colocar um comentário mais longo no post do blog.

    Felicidades e boa continuação da blogagem e até daqui a uns dias.
    João Celorico

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  3. Pois então este fim de semana, irei com certeza conhecer a sua terra e quem sabe você também...lá na terra ou no festival da melancia!
    Abraço Susana

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  4. Aqui vai o meu comentário, em causa própria:

    SALVATERRA DO EXTREMO

    Da cabeça não me sai
    “o comentário melhor”,
    o meu, sem pejo, aqui vai,
    e cá o apanho sem favor!

    Para quê fazer cenas
    se ninguém em mim votou?
    Preocupo-me, só, e apenas,
    porque ninguém me comentou!

    Mas, estou satisfeito comigo!
    “Bloguei”, votei e comentei!
    Por isso, em verdade vos digo
    que, eu sim, já ganhei!

    Quem não quis comentar,
    ainda que sem razão,
    foi como para o lado olhar
    e jogar na abstenção!

    E aos que não comentaram,
    podendo e devendo fazê-lo
    quero, se já carecas ficaram,
    que lhes cresça o cabelo!

    O que é que eu posso dizer?
    Que mais eu posso inventar,
    da terra que me viu nascer?
    Falar dela! Falar! Falar!

    Salvaterra me desterra,
    diz o verso sem razão,
    mas Salvaterra é a terra
    que trago no coração!

    João Celorico

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  5. Caro João Celorico

    Agradeço as quadras do seu comentário. Para além de uma enorme capacidade para fazer poesia, o João demonstrou um grande sentido de humor. E mais: aguçou a nossa curiosidade pela sua terra, Salvaterra do Extremo, a qual faz parte das “Aldeias Históricas” da barra lateral do blogue da Susana. Para pesquisar a aldeia do João Celorico nas "Aldeias Históricas" deve clicar-se em Idanha-a-Velha e, de seguida, procurar Salvaterra do Extremo.

    O João é, também, um “mãos largas” e, vai daí, distribuiu comentários em verso por todos os concorrentes desta blogagem colectiva. Pelo que pude apreciar, estão todos muito bem enquadrados com os temas. Louvo-o pela iniciativa e pelo espírito de camaradagem. Deu uma lição a todos!

    Um abraço
    José Pinto

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  6. João Celorico
    Curiosa a sua maneira de comentar. E difícil.
    Agradecimentos redobrados pelo comentário.
    Não sou de Lagos, ali o JJ meu marido é que é de lá. Eu sou "camarra". De alma e coração. Quanto aos votos, é o que menos me importa nestes eventos. Conhecer novas terras novas gentes é muito mais interessante não acha?

    Deixo aqui a resposta ao seu comentário no meu texto sobre Lagos. E aproveito para lhe dizer que não conheço a sua aldeia, que acredito seja muito bonita, já que existem aldeias muito bonitas em Portugal.
    O ter poucos comentários, não quer dizer que o seu texto não agrade. É que nem toda a gente sabe comentar poesia. Eu não sei. Leio gosto ou não, mas comentar é sempre muito difícil.
    Um abraço e boa sorte.

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  7. Você não me deu o teu voto
    Mas eu bem dei-te o meu
    Não foi por controle remoto
    Mas, sim, com um clique meu

    Admiro sua inteligência
    Bom amigo, meu rapaz
    Ter tamanha paciência
    Esse jovem tão vivaz

    Lindos versos, que carinho!
    Modo ímpar para falar da terra
    Parece até um passarinho
    Cantando em meio à serra

    Passar férias na tua terra
    É o que mais desejo agora
    Quero ver tua Salvaterra
    E que seja sem demora

    Nestes versos bem-fazejo
    Passaria horas a meditar
    Nas belas terras do Alentejo
    Ir de férias e muito viajar

    Destas terras de além mar
    Que tanta coisa boa emana
    Aldeias de belezas sem par
    De nobres pessoas como Susana

    Já chega de tanta prosa
    Isto é virtude do amigo
    Receba um buquê de rosas
    Do Brasil para Celorico

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  8. Caro amigo, (posso chamar-lhe assim?)
    Parece conhecer o Barreiro. Os Franceses e os Penicheiros, e outras histórias...
    Devo porém dizer-lhe que eu não nasci no Barreiro, mas na Seca do Bacalhau (Azinheira Velha) aí uns 3Km dos Franceses e dos Penicheiros, onde nunca entrei nos quase 62 anos de vida.
    E depois a minha cultura, não passa da 4ªclasse, tirada há mais de 50 anos. Depois a Universidade, foi feita na Seca do bacalhau, descarregando, lavando, enfardando ou carregando os fardos de bacalhau até às fragatas, que o levavam depois para Lisboa, donde era transportado para o resto do País.
    Gostei de conhecê-lo.
    Um abraço e obrigada.

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  9. Eu voto no texto de João Celorico, porque como sempre está fantástico. Pois é, amigo joão, só não teve ainda nenhum voto, porque tenho estado de férias e afastada de computadores e internet.
    Mais uma vez nos presenteou com um belíssimo poema. Tão simples , mas muito bonito. Apesar de tão singelos versos, está lá tudo dito sobre as férias em Salvaterra.
    Está, mais uma vez, de parabéns! Não deixe nunca morrer a veia poética que o inspira. E já agora Susana, também voto no melhor comentário, ou por outras palavras: nos melhores comentários (porque é impossível votar só num), todos aqueles cujo autor é João Celorico, lol...
    Mas agora um à parte: de tantos comentários que ele fez às pessoas, como podem tão poucos ter agradecido? E mais não digo, fica apenas a reflexão sobre o assunto e ao critério de cada um...
    Parabéns, uma vez mais, ao João.

    Cristina
    cristina.aecc@gmail.com

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