terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Caros amigos e amigas da Aldeia da Minha Vida,

Todos nós temos no coração aquela aldeia querida que, por razões diversas e em determinados momentos das nossas vidas, nos deixou simplesmente nas nuvens! Aqui na Aldeia da Minha Vida, ao longo de um ano e meio, foi possível conhecer a Aldeia dos sonhos doces de cada um de nós. A emoção foi a alma deste blogue. Chorámos, rimos, cantámos, rimámos, saboreámos, enfim houve uma profunda partilha de vivências, memórias, pensamentos, frustrações, alegrias, tristezas …Tudo à volta daquela aldeia que nos marcou no passado e nos tornou no que somos hoje. Aquela aldeia que nos viu nascer, crescer, aprender, trabalhar, enfim viver! Até ao dia em que a vida nos obrigou a fazer escolhas duras, mas necessárias, para seguir aqueles sonhos de criança. Pesando na balança o que será mais duro, a busca por uma vida melhor, pareceu a decisão mais acertada. Voar alto, bem longe para outro lugar, onde moram promessas, acabou por ser uma ida, sem volta.

Aquela aldeia que guardamos no coração deixa de ser a mesma, no dia em que decidimos partir, para não voltar. Nesse dia, ela ficou certamente mais pobre. Quanto mais o tempo passa, cresce a saudade e a vontade de voltar atrás reviver outra vez, aqueles momentos simples, inocentes, mágicos. Da aldeia nada resta, senão memórias de um tempo que não volta mais.

*******                           ******                       ******

Depois de tudo o que foi vivido aqui na Aldeia da minha vida, também este cantinho mudou. Todos vocês deram conta disso e por isso devo-vos uma explicação. Quero partilhar convosco o que vai na alma …

A vida, por vezes obriga-nos a fazer aquilo que mais dói. Mostra-nos que, por vezes, é preciso mudar quando se atinge o auge...São aquelas partidas que surgem quando menos se espera, quando tudo está perfeito. Alimentei a expectativa de que seriam apenas falsos alarmes. De nada serviu, senão adiar a hora da decisão. Infelizmente soube este mês e não queria acreditar no “veredicto”. As minhas suspeitas transformaram-se em certezas, nuas e cruas. Porque alguém muito especial vai precisar de mim e eu não sei como fazer. É a luz da minha vida que me pede mais tempo, dedicação e muita compreensão. Alguém que vive mergulhado num mundo diferente do nosso. Alguém que precisará muito de mim, até ao meu último sopro…

Como vocês sabem, este cantinho significa muito para mim, o que torna ainda mais dura a decisão que tenho que tomar. Chegou a hora de vos dizer que hoje escolho dedicar parte do meu tempo ao meu menino. A Aldeia da minha vida mantém-se aberta para consulta. Para quem quiser ler e reler os magníficos textos que estão arquivados neste livro virtual.

A partir de agora vou estar, apenas disponível na página do faceboock – Susana Falhas - onde podem fazer uma visitinha , sempre que quiserem. Podem também contactar-me via email : geral@olhodeturista.pt


Nada mais me resta para vos dizer, senão desejar-vos, em meu nome e em nome da Olho de Turista,:

                  Festas Felizes, de preferência nas vossas aldeias, junto da vossa família e amigos!





Até sempre!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

"A MINHA RUA"

Como se de um sonho se tratasse, tenho na minha mente ainda memórias, de um lugar que foi sem dúvida, um marco importante na história da minha aldeia, o tão conhecido ‘’ Sobreiro ’’.
Este sobreiro existiu mesmo junto à porta da casa dos meus avós maternos, Uma casa muito grande (tipo casa senhorial) que mais tarde foi dividida pelos meus tios e pela minha mãe, e que hoje é a minha casa de família, ou seja minha e dos meus irmãos deixada pela minha mãe.Mesmo ali em frente existiu um sobreiro que ficava à beira da estrada, em terra, que ligava Góis à aldeia da Cabreira e outras aldeias seguintes.

Debaixo deste sobreiro existia um banco grande em pedra para as pessoas que iam a pé à vila de Góis, e aquando ali passavam já cansadas de tantas horas, por vezes demoravam um dia a ir e voltar, a pé debaixo de sol quente, se sentavam para descansar à sombra do mesmo. Mas havia mais, a minha avó Jacinta era conhecida por ser uma mulher muito bondosa. Ela não podia dar muita coisa pois tinha 9 filhos para criar, mas tinha sempre uma caneca de água para dar aos que ali paravam para matar a sede, embora a tivesse de ir buscar bem longe em cântaros à cabeça, e também um bocado de broa para matar a fome, pois eram tempos muito difíceis.Se estava a chover muito e as pessoas vinham molhadas tinha a lareira acesa para enxugar as suas roupas e aquecer os seus corpos. Depois, já quentinhos, estes seguiam em direcção ás suas casas. A minha avó ficou conhecida pela ti Jacinta do Sobreiro.

O tempo foi passando e o sobreiro apodreceu. Mais tarde com as obras das ruas, o resto (o touco) do sobreiro foi destruído.Este local ficou conhecido pelo Sobreiro e mais tarde foi dado o nome àquela rua, a Rua do Sobreiro.

Quando a minha avó Jacinta partiu, a da minha querida mãe herdando a bondade da minha avó passou a fazer a mesma coisa, ajudava quem ali passava.

Já no meu tempo de juventude ali fiz um jardim mais a minha tia Hermínia. Já com a estrada alcatroada foi colocado um banco à minha porta onde as pessoas se sentavam, e ainda hoje se sentam, para conversar, a minha mãe vinha à porta perguntar se queriam alguma coisa. Muitas vezes ali se bebeu café da púcara quentinho e uma fatia de broa com o que havia para acompanhar.

No verão quando as pessoas, vindas de Lisboa visitavam a aldeia para passar férias, estas juntavam-se à noite, no local onde existiu o Sobreiro, colocavam mantas no chão e partilhavam até às tantas da madrugada as suas histórias de vida.

Nós os jovens da aldeia, e não só, ali nos juntávamos à noite para conversar, olhar as estrelas, tocar viola, concertina, escrever quadras para mandar nas cartas aos namorados, e outros, para namorar.

A minha história não é de nenhum autor conhecido da praça, mas conta a particularidade de um local, uma rua que ainda hoje está cheia de magia. A minha rua não é uma rua qualquer, sem passado nem história. É parte de mim. Se hoje sou feliz e tenho toda uma bagagem de vida, foi porque a minha rua promoveu minhas primeiras necessidades sociais, educacionais e fez-me crer em sentimentos verdadeiros.

Clique aqui para visualizar o slide show
Escrito por Eugénia  Cruz

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A Rua do Mendo

Não tenho autores conhecidos na minha praça…mas já passei por ruas, cujo nome fez-me parar para pensar.

Hoje vou falar de uma Rua, bem romântica que me chamou atenção. É a Rua do Mendo, de Castelo Mendo ( Concelho de Almeida). O nome – Mendo- até é bastante vulgar , mas guarda um dos mistérios da Aldeia. Contam que “Meendus Menedi” era o alcaide da aldeia. Um jovem respeitado e estimado pela povoação, que terá dado o nome à terra e à rua. Mas na realidade, o que passou de boca em boca, de pais para filhos, foi a sua lendária história de amor: do Mendo e da Menda! É tão forte que ainda somos capazes de sentir e visualizar essa paixão na rua. Vejam como:

“(…) Duas figuras petrificadas, viradas de frente, uma para a outra, vivem incrustadas em casas e posições opostas. Separadas apenas por uma rua, apenas permite um olhar eterno e recíproco. “
 in: Aldeias Históricas de Portugal - Guia Turístico, edição Olho de Turista

Um cenário, um mistério, um amor impossível… enfim, uma história digna de ser lembrada, à boa maneira do Romeu e a Julieta, embora em versão portuguesa.


O Mendo em cima  e a Menda em baixo

Gostaram? Espero que sim. Brevemente vou partilhar convosco outras ruas com nomes e histórias interessantes! Até lá, estão à vontade para comentar este post e também e  falar da vossa rua...
Beijinhos e até breve!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Blogagem "Autores conhecidos da minha praça"


“Autores conhecidos da minha praça” é o tema da próxima blogagem que começa já amanhã! Na rua onde vive tem um nome de alguém muito conhecido, que o orgulha? Ou um nome esquecido na memória de quem lá vive, mas que mereceu tal honra? E as histórias que existem por trás de um nome… já pensou no motivo da escolha? Já passou por uma rua, com um nome que não lembra a ninguém?

Pois então têm oportunidade para comentar sobre a sua rua ou, se preferir, de alguém amigo, que tanto a intriga...

Vamos ter um novidade para este mês! De 10 a 30 de Novembro todos podem participar, comentando na nossa página do Facebook (Guia Turístico) ou pelo blogue da Aldeia da minha vida www.aldeiadaminhavida.blogspot.com

A Olho de Turista oferece uma prendinha para o comentário mais original e divertido da rede social!

São dois livros “Aldeias Históricas de Portugal- Guia Turístico",um para o melhor comentário do Facebook (Susana Falhas) e outro do Blogue da Aldeia da Minha Vida.

E porque já estamos a um passo do Natal…por que não oferecer magia nas Aldeias Históricas… a amigos e familiares !

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Olá amigos da aldeia e dos nossos castelos!

Em primeiro lugar, peço-vos desculpa só agora postar. Houve uma razão simples: depois do fim de semana prolongado, estive estes dias na Guarda a participar no 1º Festival Internacional da Memória Sefardita. Como podem imaginar, sobrou pouco tempo para outras coisas...mas penso que valeu a pena. Aprendi imenso! Como tal , aqui estou de alma lavada para estar um pouco convosco...virtualmente:

Chegámos ao fim de mais uma blogagem, com um tema bem convidativo “O meu castelo preferido” . Há quem sonhe viver um conto de fadas num castelo. Uma morada de príncipes e princesas e de valorosos cavaleiros. Um cenário romântico que desperta sentimentos, paixões e emoções... São tantos os castelos de pedra, cheios  de imponênciade e de magia do outro mundo! Mas realidade choca com o sonho quando entramos e pisamos o chão frio de pedra. Torna-se inevitável a busca de histórias de heróis e de heroínas afogadas num silêncio profundo. Descobre-se que deles nada resta, senão a petrificação do suor, do sangue, da coragem, da vida e da morte. Nestes belíssimos castelos vivem pedaços de uma alma lusitana, terrivelmente anónima, saudosista e esperançosa… por um futuro merecedor de tantos sacrifícios...

Bem acho que já chega de divagações e vamos directos ao assunto. Como estava a dizer, nesta blogagem foi possível ver o quanto são acarinhados muitos dos nossos castelos de Portugal. Mas antes de falar dos participantes quero deixar uma nota:

Não podemos esquecer os que ficaram de fora. Aqueles que infelizmente se encontram num estado lastimável de degradação e precisam urgentemente de intervenção, antes que seja tarde demais… Independentemente do tamanho do papel desempenhado, todos fazem parte da nossa identidade, da nossa cultura e acima de tudo, são nossos!

Agora vamos aos premiados:

João Celorico, teceu 34 pontos;
Flora Maria teceu 21 pontos
Cristina teceu 19 pontos

Quero agradecer a todos pela participação, e em especial ao João Celorico que, mais uma vez, brindou-nos com o seu talento nato! Os nossos castelos ganharam certamente mais dignidade com a sua poesia! Para arrematar esta postagem, que já vai um pouco longa, não podia deixar de publicar aqui um desses poemas da sua autoria. (Na qualidade de longroivense, é uma honra para mim ter um poema escrito por si,  caro João! )

“É Longroiva, não engana.
Um nome algo esquisito!
Se é a terra da Susana,
pronto, está tudo dito!

E foi aqui em Longroiva,
pelo menos é o que se diz,
que Isabel ainda noiva
se preparou para Diniz.

Antes das bodas reais,
ainda não era rainha,
foi às águas termais
e ficou bem lavadinha.

E a ansiedade era tanta
para agradar ao esposo!
Isabel, não era santa
e esposaram em Trancoso!

Consta, na voz povo, até
que provando sua devoção,
num acto de profunda fé,
oraram à Senhora do Torrão!

Esta não posso eu provar,
mas, nisto até acredito.
Porém, estou só a divagar.
Era um gesto… tão bonito!


Abraço, João Celorico”

E podes crer , amigo, a minha aldeia tem um nome esquisito, mas ainda antes de nascer Portugal, já lavrava sangue, por todos nós ;)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O meu castelo preferido...Óbidos



(…) Decidi levantar-me. Abri o postigo da janela e espreitei. Que linda paisagem. Parecia tirada de um postal. No meio do verde da natureza e de abundantes flores lilazes, avistava-se ao longe uma das muitas muralhas desse castelo medieval. Os turistas já tiravam fotos lá de cima, e eu aqui, a esta hora, ainda em pijama. Decidi juntar-me a eles, para não ficar em casa a pensar demais.

(…) Passei primeiro pela Praça da Igreja Matriz de Santa Maria. É curioso que esta igreja já "teve" duas religiões diferentes, pois embora a tradição faça remontar a sua fundação ao período visigótico, foi transformada em mesquita no período muçulmano e novamente sagrada por D. Afonso Henriques, logo após a conquista da vila em 1148.

Subo as escadas junto ao Telheiro e vou dar ao pelourinho, lindamente esculpido numa coluna de pedra, que apresenta as marcas de uma argola de metal onde, provavelmente, os condenados seriam expostos para humilhação pública.

Contém também as Armas Reais e as armas pessoais da rainha D. Leonor de Lencastre (mulher de D. João II), onde se observa uma rede. Estas armas de D. Leonor foram, durante muito tempo, o brasão da Vila de Óbidos e representam as redes que recolheram o corpo, já sem vida, do Príncipe D. Afonso, único filho varão herdeiro de D. João II, morto por afogamento no rio Tejo, junto à cidade de Santarém.

O pelourinho encontra-se por cima do bonito Chafariz da Praça de Santa Maria.

Ou seja: por todo o lado há monumentos, arduamente esculpidos, por mãos hábeis do passado... E que belas obras de arte nos deixaram...

Por todo o lado turistas enchem a vila, procurando visitar todos os históricos recantos e encantos da mesma. Os vários dialectos escutados, misturam-se aos nossos ouvidos; até parece que estou na Torre de Babel, com tanta diversidade linguística espalhada pelas ruas.

(…) Parece que tudo aqui tem magia...

(…) Ora se está fora, ora se está dentro do castelo, (…) monumento nacional e uma das sete maravilhas de Portugal...

(…) E então ao subir todas estas escadas que levam ao cimo da muralha, imagino como seria a vida no tempo da rainha D. Leonor, que chegou a residir neste castelo. Cá em cima, quase que dá vertigens olhar lá para baixo, pois há muitos caminhos estreitos, irregulares, sem protecção e onde sopra um vento forte. Com os vestidos rodados e rendados que usavam antigamente, decerto não viriam cá para cima, vou eu pensando, à medida que caminho mesmo encostada à ameia, não vá o vento levar esta "pena" pelo ar, lol... Com certeza o cimo das muralhas apenas pertencia aos vigias, sempre atentos aos inimigos...

Se este castelo falasse, tanto que teria para contar...

Ele foi originariamente edificado pelos árabes, no local que já tinha sido ocupado por lusitanos, romanos e visigodos, e no contexto da expansão do território português e reconquista cristã da Península Ibérica.

D. Afonso Henriques tomou este castelo por volta de 1148.

No reinado de D. Sancho I, foram executadas obras neste castelo, que resistiu aos ataques e se manteve fiel ao rei D. Sancho II, durante a crise que levaria à sua deposição e subida ao trono de D. Afonso III.

Uma particularidade deste castelo é que depois de ter sido entregue pelo rei D. Dinis, como dote, à Rainha Santa Isabel, viria a fazer parte do dote das rainhas seguintes, chegando a ser residência da rainha D. Leonor, esposa de D. João II.

D. Manuel I, é responsável por importantes melhoramentos no castelo e na vila, sendo dessa época a reconstrução dos Paços do Alcaide. O terramoto de 1755 causou muitos danos ao castelo, mas ainda viria a desempenhar a sua função durante as invasões francesas, contribuindo para a derrota do exército francês.

Este foi e continua a ser até hoje um importante e glorioso castelo, que mantém suas muralhas imponentes e nos dá tantas, e tão belas fotos...

Quem entre em Óbidos, parece entrar num portal do tempo da nossa História; parece entrar num local mágico que nos reporta ao passado glorioso que tivémos...

As suas ruas são estreitas e limpas, as casas mantêm a traça tradicional, caiadas de branco com barras ora azuis, ora amarelas e com a maior parte das varandas floridas e coloridas.

Muitas são as lojas dedicadas à famosa e tradicional ginjinha, que graças à influência do Festival Internacional de Chocolate, passou a ser servida em copos ou pequenas chávenas de chocolate.

O comércio da vila é também marcado pelas lojas de artesanato tradicional e contemporâneo, produtos regionais, bordados, mantas, doces e compotas, vinhos, entre muitos outros produtos...

(…) Por altura do Festival medieval (…) Óbidos ganha ainda mais beleza e alegria, pois vivem-se ilustrações vivas do modo de viver no Passado.(…) Começa a cair a noite e nem dei pelo passar do tempo, pois por aqui vagueei sem destino, e me "perdi" com gosto…(…)

Escrito por Cristina R. do Blogue Brisa do alto da serra


Nota: Nota: porque quando me ponho a escrever me deixo ir, a Susana pediu-me que cortasse algumas partes do texto, porque estava muito grande, e com razão. Daí que quem tiver paciência e quiser ler o texto na íntegra, pode visitar-me em: http://brisadoaltodaserra.blogspot.com/. Bem haja!

O castelo de Óbidos é sem dúvida o meu castelo preferido. Seria impossível falar do castelo, e não falar da vila que dentro dele nasceu...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Um encantador Castelo...da Vila de Gois

Este mês o tema é “O meu Castelo Preferido ’’. Pensei de imediato falar de um dos vários castelos existentes em Sintra que já visitei, e onde moro. Mas, pensando melhor, porque não falar e dar a conhecer o pequeno mas encantador Castelo existente na minha linda Vila de Góis? Assim aqui fica uma pequena história deste castelo.

A capela do Castelo é uma construção manuelina coroada de merlões e composta de dois corpos desiguais abobadados sobre nervuras. Das paredes brancas, sobressai a cantaria. Sobre a porta, está representado um brasão de armas. Dentro da capela apenas é digno de nota o retábulo que contém a imagem de Nossa Senhora da Encarnação.

Esta capela foi construída no século XVI, por vontade de D. Luís da Silveira, 17º Senhor de Góis e 1º Conde de Sortelha. A capela sofreu, no entanto, uma série de transformações aquando da sua recuperação, na primeira metade de novecentos. Assume posição de destaque do alto do morro do Castelo, de onde pode apreciar-se bela vista sobre a Vila de Góis e as montanhas que a rodeiam. No seu interior, encontra-se a imagem de Nossa Senhora de Fátima, que é usada todos os anos na Procissão das Velas, que se realiza nos dias 1 e 31 de Maio: no dia 1 a imagem é transportada até à Igreja Matriz, no dia 31 a imagem regressa ao local de origem.

Diz-se que a Capela foi construída com os antigos materiais de uma fortaleza que ali existe.

Um local que a mim me diz muito pois ali passei, na minha juventude, bons momentos, onde namorei com o meu marido e mais tarde foi neste jardim que tirei as fotos do dia do nosso casamento, pois tem um jardim lindíssimo. A vista panorâmica sobre a linda vila de Góis, o Rio Ceira que passa a seus pés, de onde se pode ouvir as águas cristalinas descendo de pedra em pedra, a espada de S. Tiago, trabalhada na própria encosta da Serra do Rabadão. O Parque de Campismo que se encontra mesmo em frente à escadaria principal da Capela do Castelo, onde eu já tive o privilégio de passar uma noite num dos bangalows ali existentes. Ao acordar vinha à porta, que está virada para o castelo.

E assim aqui fica a minha pequena historia para a blogagem de Outubro.

Espreite aqui o slide show da Eugénia Cruz

Escrito por Eugénia Cruz do blogcortecega

domingo, 24 de outubro de 2010

Castelo de Manguinhos



“CASTELO DE MANGUINHOS ou PAVILHÃO MOURISCO, assim é conhecido o magnífico edifício localizado no bairro Manguinhos, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Idealizado por Oswaldo Cruz, o edifício é a sede da fundação de pesquisa científica que leva o seu nome e traduz toda a importância de Oswaldo Cruz para a ciência brasileira.

Em 1905, Oswaldo Cruz encarregou o engenheiro e arquiteto português Luís Moraes Júnior de construir ali um imponente edifício — que viria a ser o centro do conjunto arquitetônico de Manguinhos —, com base num desenho tosco que o sanitarista fez de próprio punho e lhe entregou. O prédio ficaria pronto em 1918, um ano depois da morte de Oswaldo Cruz.

O estilo arquitetônico então em voga era o eclético neomourisco. "É o mais bonito", justificava o diretor do instituto. Com quatro pavimentos, o Pavilhão Mourisco, também chamado Castelo de Manguinhos, tem cinqüenta metros de altura por 45 de largura. Em sua construção foram utilizados materiais nobres, trazidos de vários países europeus. As varandas, por exemplo, são revestidas de azulejos portugueses, e o piso, de mosaicos franceses. A escadaria principal, de ferro forjado, tem degraus em mármore de Carrara. O elevador, alemão, instalado em 1909, é hoje em dia o mais antigo em funcionamento no Rio de Janeiro.
Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1981, o Castelo de Manguinhos é uma das raras edificações em estilo neomourisco ainda existentes na cidade.

A referência decorativa à linguagem neomourisca dos edifícios da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) veio do Palácio de Alhambra, localizado na cidade de Granada, Espanha. O acervo da biblioteca de Manguinhos possui desde 1906 um livro de Albert F. Calvert (1872-1946), editado no mesmo ano, no qual o autor transcreve os estudos do arquiteto britânico Owen Jones (1809-1874) sobre as experiências decorativas mouras de Granada, primeiramente publicados em 1837. Tal aquisição revela o esforço de Oswaldo Cruz em captar essa estética e em transmiti-la ao arquiteto da obra. De fato, a linguagem árabe usada por Moraes em Manguinhos segue fielmente os detalhes construtivos e decorativos apresentados no livro.

Texto de Flora Maria do blogue Flora da Serra

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Castelo favorito?!

Hum... isso é muito muito muitooo complicado… mas se calhar escolheria o Castelo de Almourol!

Não pelo castelo em si, mas pelas suas belas paisagens a qualquer altura do ano e do dia, pela sua localização invulgar, pelo menos pelo território português, pela beleza, mistério e magnistismo que o envolvem, que só quem visitou conhece…

Para ser visitado só lhe podemos aceder através de barco, pois este situa-se mesmo no meio do Rio Tejo. (Quando lá estava não podia deixar de pensar como será que os "escravos" da altura levaram para lá aquela pedra toda! :S). Acaba por ser um Castelo mais de defesa do que daqueles castelos onde viviam os Reis e as Rainhas, mas segundo percebi, chegou a ser usado assim tipo uma "casa de férias" para a Realeza
 
Aconselho todos a visitar, não só pelo Castelo, mas principalmente pela beleza natural que o envolve!

Escrito por: Tânia Barreira de “umolharviajante.blogspot.com”

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Um castelo...na cidade de Ulisses.


Não! Não vou falar do meu castelo preferido (o de Almourol), apenas porque, infelizmente, o não conheço suficientemente bem. A verdade é que enchia de insondáveis pensamentos a minha cabecita de criança quando, de comboio, pouca-terra, pouca-terra, o avistava ali mesmo, no meio do Tejo, nas poucas viagens à minha terra natal.

Vou, então, falar do castelo que tenho mais à mão, ou seja, mais à vista.

Plantado numa das sete colinas desta Lisboa que eu amo, apesar de tudo, o castelo de S. Jorge, um dos maiores emblemas da cidade, lá está dominando a parte ocidental da cidade e tendo vista privilegiada do imenso estuário do Tejo, outrora pejado de pequenas embarcações, a remos ou de velas bandas ou enfunadas e onde os golfinhos vinham fazer as suas acrobacias.

Com um passado que remontará ao séc. VII a.C., foi abrigo de muitos povos, desde gregos, fenícios, romanos e visigodos. Também aqui estiveram Afonso II, das Astúrias, e Ordonho III, de Leão, nas suas lutas contra a ocupação muçulmana.

Testemunho de grandes momentos da nossa história, a tudo ele assistiu, sempre atento à entrada da barra e a possíveis ataques inimigos.

Conquistado aos mouros por D. Afonso Henriques, em 1147, após um cerco de cinco meses, com a ajuda dos cruzados (uma frota da Segunda Cruzada) e, segundo a lenda, com a preciosa ajuda dum soldado, Martim Moniz, que terá dado a vida morrendo entalado na porta do castelo, impedindo o seu fecho. Verdade ou lenda, o certo é que lá está, para o perpetuar, a Praça de Martim Moniz, hoje em dia local de concentração multirracial e multicultural.

Devido às guerras sofreu de muita destruição, a última, pior que uma guerra, foi o terramoto de 1755. Mas, tal como as destruições, também as reconstruções se sucederam e, assim, são encontrados muitos vestígios de outras civilizações e também restos das muralhas que foram alargando o perímetro de defesa do castelo. Ainda podemos ver restos da muralha fernandina, mandada construir por D. Fernando I.

É este o Castelo que foi residência de Reis, que hoje é atracção de turistas nacionais e estrangeiros, orgulho da cidade e do país e que no dia 16 de Junho de 1910, por decreto de D. Manuel II, foi considerado Monumento Nacional. Foi apenas há 100 anos, para quem tem tantos séculos de vida!

Escrito por João Celorico, do Blogue Salvaterra e Eu

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Olá amigos!

Venho interromper um pouco... a festa dos castelos para convidar os amigos a visitar o blogue da nossa amiga Cristina...está uma surpresa muito agradável...

Um grande beijinho para todos!

 Blogue Brisa do Alto da serra

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Um castelo...aquele...


Decorria o ano de 1973, os meus avós maternos vinham para Portugal, por vários motivos, um era o motivo mais importante, o meu bisavô estava velhote, doente e sozinho.


Vivíamos em Moçambique, mas as raízes do meu avô materno estavam em Penela.

Eu, nascida em Moçambique, na cidade da Beira, não me lembro, mas acho que nunca tinha visto um castelo de verdade. Só nas histórias (ou será estórias?). Bem…a verdade, verdadinha naquele castelo brinquei a ser tudo, desde princesa, a cavaleira, ao apanha ou ía para lá passear com o meu bisavô e apanhar grilos e ver a vista para as serras e para a freguesia.

E que visão!

Todos os cheiros eram muito intensos! As brincadeiras sempre fantásticas! E como havia (há) alguns vestígios de civilização mais antiga de gentes que por ali habitou, tudo era realmente fantástico!

Não me recordo de lendas, só me recordo dos sentimentos que aquele Castelo deixou dentro de mim. E da paisagem linda que dali se observa!!! E das grutas…

A casa dos meus avós ficava no sopé do Castelo, por isso, mesmo quando me deitava, aquele monumento parecia que entrava pela casa dentro. Eu viva-o do sótão, do jardim, da janela da cozinha…ele estava sempre ali e estava sempre a convidar-me para vivenciar as aventuras mais espectaculares! :)

Continuo-o a fantasiar com ele e enquanto escrevo estas linhas estou sorrindo…


Escrito por : Ana Paula Palma

domingo, 17 de outubro de 2010

Maria Alva ( 2ª parte)


A Princesa aparecia à sua janela, mas nunca saía nem para passear, fazer visitas ou ir á igreja. Talvez por isso a sua fama correu de terra em terra e começaram a vir de todo o lado Cavaleiros e Príncipes que esperavam que ela surgisse à janela. Em vão lhe ofereciam presentes, em vão lhe cantavam belas músicas: a Princesa nunca saía da sua Torre, nem aceitava os pedidos de casamento.

“Casarei com quem me oferecer um par de sapatos á medida do meu pé”, disse um dia…

Este desafio fez a felicidade dos sapateiros da região que viram aqui uma grande oportunidade de negócio. Um, em especial, o famoso Ramiro, divertia-se a provocar os seus clientes, lançando ainda mais a confusão, ora dizendo a uns que a Princesa devia ter uns pés enormes, ora dizendo a outros justamente o contrario. E assim o seu negocio prosperava… No entanto nenhum dos Cavaleiros acertava com a medida certa.

Ate que um dia apareceu por aquelas paragens um Príncipe cuja esperteza lhe tinha valido a alcunha de “Olhos de Falcão”. Esperto como era, resolveu pagar a um criado para que este espalhasse cinza junto á cama da Princesa. Assim, quando ela se levantasse, os seus pés ficariam marcados na cinza e facilmente se poderia tirar o molde certo.

O que o Príncipe não esperava era que em vez de pés normais, ficassem marcados na cinza, pés de cabra. A Princesa tinha pés de cabra!

Muito assustado o criado repetia vezes sem conta que aquilo era obra do demónio e que o Príncipe devia esquecer Maria Alva e seguir o seu caminho.

O Príncipe, no entanto, resolveu, com os moldes que tinha, mandar fazer um par de sapatos à medida da Princesa, do cabedal mais macio que houvesse.

Não sem resistir, apavorado com aquela história, o sapateiro Ramiro lá fez o par de sapatos em troca de 2 sacos de moedas de ouro!

3 dias depois os sapatos estavam prontos e o Príncipe apressou-se entrega-los à sua Princesa.

No entanto e sem que nada o fizesse esperar ouviu-se um estrondo medonho, um grito agudo e fumo começou a sair da janela do quarto da Princesa.

Todos fugiram, menos o Príncipe, que, feliz da vida, observa a sua Princesa, não à janela, mas saindo descalça pela porta do Castelo.

Tinha sido quebrado o encanto que uma bruxa malvada tinha lançado a Maria Alva. Aprisionada na torre e com pés de cabra, a Princesa só seria libertada do feitiço se alguém lhe oferecesse um par de sapatos à sua medida.

Olhos de Falcão e a Princesa casaram e viveram felizes para sempre…

O sapateiro Ramiro deixou de trabalhar, fez uma peregrinação a Santiago de Compostela e na volta construiu uma bela casa e diz a lenda que nunca contou a ninguém a origem da sua fortuna.

E a terra tomou o nome da linda Princesa Maria Alva: MARIALVA.

Ouvi estas últimas palavras com um fundo musical e com alguma dificuldade, consegui abrir os olhos. Pela janela do quarto entrava um raio de sol. Sol de Inverno, fantástico mas sem calor. Já era de manha e a música provinha do rádio instalado no quarto. Definitivamente acordada, fiquei muito tempo a tentar perceber o que tinha acontecido naquela estranha noite… Teria sonhado? Quem seria aquela figura que me serviu chá e me contou historias fantásticas? Seria o cansaço tão grande, que teria adormecido instantaneamente? Naquela noite mágica, onde estava a realidade e onde estava o sonho?...

Sem demoras, agasalhei-me, saí do quarto, desci à sala, tomei o meu pequeno-almoço e saindo das Casas do Cruzeiro, rumei ao Castelo, bem mais visível naquela manha mas não menos fantástico…

Tinha de o ver de perto, tinha de conhecer o cenário da história de Maria Alva…

Escrito por Anabela Cardoso das Casas do Cruzeiro

Já sabem! Cada comentario vale 3 pontos!
No final do mês os três primeiros que coleccionarem mais pontos terão como prémio: um livro "Aldeias Históricas de Portugal-Guia Turístico".

sábado, 16 de outubro de 2010

Maria Alva ( 1ª parte)


Era noite, uma daquelas noites de Inverno em que o frio e a chuva nos fazem invariavelmente pensar em mantas quentinhas, lareiras bem espertas e quem sabe, um chocolate quente…

Perdida nos meus pensamentos olhei distraidamente para o meu lado esquerdo, e do alto da sua imponência e como que recortado num céu negro e semi iluminado pelos focos que mal rompiam o nevoeiro surgia um castelo… Apesar da má visibilidade e do perigo da estrada não conseguia, por mais que tentasse, desviar os olhos daquela aparição ao mesmo tempo fantasmagórica e magnífica.

Se o cansaço da viagem não fosse razão suficiente para parar e procurar dormida, aquela visão de outros tempos fez-me desviar ali mesmo, e entrar naquela aldeia desconhecida mas que me chamava e á qual não pude resistir.

Percorri a aldeia sem encontrar vivalma até que finalmente, deparei com um largo cuja agitação e vida de outros tempos não me foi difícil imaginar. Largo do Toural. E quase em simultâneo o Cruzeiro, que do alto do seu altar de granito me fez reparar naquelas Casas, de janelas vermelhas e que soube ao outro dia, lhe tinha emprestado o nome: Casas do Cruzeiro! Sugestivo, pensei! E sem conseguir pensar em mais nada, bati à porta… Ninguém, pensei eu! Voltei a bater e eis que alguém me abre a porta e me convida amavelmente a entrar. A misteriosa figura, sem nunca mostrar completamente o rosto, parecia saída de um filme medieval e sempre com muita delicadeza ofereceu-me um chá quente e convidou-me a sentar, para recuperar um pouco daquele frio terrível. E assim, quase que falando consigo mesma, começou um longo relato em que anjos e demónios, damas e cavaleiros conviviam pelas ruas da aldeia. E apesar de nunca o dizer, percebi que me relatava a história de algum antepassado, ou talvez mesmo a sua, nunca cheguei a perceber bem…

Percebendo o meu fascínio pelo Castelo, contou que em tempos idos, na Torre do Castelo vivia uma Princesa tão linda e de pele tão branca que toda a gente lhe chamava Maria Alva.

 
Escrito por: Anabela Cardoso, das Casas do Cruzeiro
Amanhã sai a segunda parte desta emocionante história!
 
Já sabem! Cada comentario vale 3 pontos!

No final do mês os três primeiros que coleccionarem mais pontos terão como prémio: um livro "Aldeias Históricas de Portugal-Guia Turístico".

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

"O meu castelo preferido"


Imagem retirada da internet: "Férias em Portugal"

Todos os dias, ao despertar, tenho por hábito olhar pela vidraça da janela do meu quarto e observo um castelo:

Esguio, com várias torres, muito bem fortificado, com algumas pontes levadiças, a brilhar quando é tocado pela luz solar-é o meu preferido.

Aí fico algum tempo a imaginar a vida que lé dentro é feita, o quanto as pessoas são felizes e o bem que se sentem por estarem bem resguardadas de todo o mal possível.

No entanto há dias que vejo um outro castelo, junto ao anterior, mas já em ruínas, escabroso, maltratado pelo tempo e de" forte" não tem nada. São aqueles dias em que acordo menos bem, que tive sonhos pouco recomendáveis. Ora quer um quer outro fazem parte do meu imaginário e justapõem-se aos meus pensamentos que determinam qual o castelo de eleição para aquele determinado dia..

A realidade é que vivo na ilha da Madeira-Funchal , mesmo junto ao mar e não há castelos relevantes na ilha. O que sim temos são algumas fortalezas construídas na altura em que os corsários invadiram a ilha.

Por certo, da minha janela, posso observar o "Forte de S. Tiago", hoje transformado em museu e onde se fazem exposições temporárias de artistas contemporâneos. Situa-se na zona histórica d cidade, mesmo junto à praia denominada de S. Tiago. Ainda lá se podem ver as ameias nas torres com os respectivos canhões, como réplica do passado. É ponto obrigatório para visita dos turistas que vêm à região. Está muito bem consevado e lá trabalham permanentemente pessoas capacitadas para darem a conhecer o tão conhecido forte que merece a atenção de todos nós.
 
Escrito por Maria Cecília Gonçalves Pestana

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Notícia de última hora!


Vai passar amanhã (dia 12) uma entrevista sobre a minha empresa- Olho de Turista-  no programa Made in Portugal da rádio TSF:

- às 9h.45m;
-  repete às 17h.40m.

Pode ouvir on line aqui, à hora marcada!

A não perder!

CASTELOS NO ALTO TÂMEGA E BARROSO (MONTALEGRE E CHAVES ).

DAS CALDAS DE CHAVES – DESCOBERTAS PELOS ROMANOS

Vivendo paredes-meias com a fronteira, justificava-se a construção de Castelos e Fortalezas para os povos instalados se defenderem dos invasores. O Castelo e Fortes de Chaves são os mais abundantes e significativos. Ainda hoje são visíveis os restos de imponentes muralhas primitivas e a impressiva torre de menagem (28 metros de altura e 2 de espessura). Ao lado estão instalados o museu de Arqueologia e Epigrafia.

São dignos de registo os fortes de São Francisco e São Neutel, muito bem conservados. No forte de São Francisco está instalado um hotel de 4 estrelas, investimento de milhões de euros, feito pelo Comendador António Ramos, natural da região e Presidente da Casa de Portugal em São Paulo, Brasil.

Chaves, situada a 12quilómetros da fronteira espanhola, é uma das cidades com uma história mais rica. Acredita-se que foi edificada a partir de um povoado paleolítico, mas seriam o domínio e a influência romana que dariam a CHAVES as suas características mais marcantes. Quando Roma fez dela uma das suas principais urbes na Ibéria, Chaves transformou-se num aquartelamento de legiões e num intervalo de repouso para guerreiros. Corria o ano 78 d. C. e à cabeça do Império estava Flávio Vespasiano, donde deriva o nome de Aquae Flaviae que lhe foi dado.

As Caldas de Chaves são, actualmente, consideradas as melhores da Europa e há que destacar a ponte romana do tempo do imperador Trajano. Tem 140 metros e 12 arcos de volta redonda visíveis.

Os Flavienses orgulham-se da sua História e referem-no na canção-marcha da cidade:

«Nas tuas velhas muralhas,

Pedaços de antigas eras,

Andam sombras de batalhas

A pairar…como quimeras.»



«O castelo é guarda-mór

Sentinela da fronteira,

Santa Maria Maior

É a nossa Padroeira!»

Escrito por Artur Monteiro do Couto do blogue Beleza Serrana

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Longroiva...o meu castelo entre os mais antigos de Portugal!

Longroiva é uma bonita aldeia da Beira Alta (distrito da Guarda e concelho de Mêda) com muitas histórias ainda por contar. Tenho orgulho em dizer que sou natural desta terra, coroada pela sua Torre de Menagem, o pouco do que ainda resta do seu antigo castelo.
Remonta à fundação do reino português, tendo sido referenciado pela primeira vez , em 960 no testamento de D. Flâmula Rodrigues, filha de D. Rodrigo Tedoniz. Nesse documento fez uma doação do castelo de Longroiva, entre outros da região, ao Mosteiro de Guimarães. Após a sua integração no condado portucalense, em 1145 D. Afonso Henriques doou Longroiva à Ordem dos Templários, de modo a garantir a linha de defesa do território, fase aos mouros e aos leoneses. D. Gualdim Paes, Grão Mestre da Ordem, encarregou-se de construir a Torre de Menagem longroivense, em 1176. Mais tarde transformou-se na Comenda da Ordem de Cristo e assim permaneceu na sua posse até ao séc. XVIII. Nesse castelo contemplava uma cerca, um pátio, duas salas, uma Câmara, uma cozinha, uma hospedaria , um celeiro uma estrebaria e uma torre de Menagem. Chegou a servir de residência do comendador da Ordem de Cristo. Actualmente apenas resta a torre e parte de uma cerca oitocentista.

A terra recebeu vários Forais, a destacar o Foral de D. Manuel, que fez precisamente 500 anos em Junho deste ano. Um acontecimento que mereceu ser comemorado com a presença dos cavaleiros templários!



Mas Longroiva não se resume apenas ao Castelo:

“Há três coisas em Longroiva
que bem empregadas são:
são os sinos e as águas
e a Senhora do Torrão”

 Como os populares ainda cantam, e muito bem, as águas termais são o Ex Libris da aldeia! Desde o domínio romano são bem exploradas para fins terapêuticos. Há mesmo quem diga que a Rainha Santa Isabel terá banhado nessas águas, antes das suas bodas reais em Trancoso. Mas , é claro que não podemos esquecer da NªSª do Torrão, a padroeira dos Templários e da aldeia, que ainda se mantém na capela ao lado da Igreja Matriz.

Muito mais teria para dizer…mas deixo para vocês a curiosidade para saber mais…e para vos convidar a falar do vosso castelo preferido.

 
Escrito por :Susana Falhas, administradora do Blogue Aldeia da minha Vida
 
Já sabem! Cada comentario vale 3 pontos!

No final do mês os três primeiros que coleccionarem mais pontos terão como prémio: um livro "Aldeias Históricas de Portugal-Guia Turístico".

domingo, 10 de outubro de 2010

Para começar em beleza...

Quem é capaz de adivinhar que castelo é este? Não é muito difícil para os mais atentos...já foi referenciado uma vez aqui, na Aldeia da Minha Vida...
Já sabem: o primeiro a adinhar leva 5 pontos. Mas se não souber, não faz mal, sempre pode marcar  a sua presença comentando: ganha logo 3 pontos.
E amanhã direi a resposta . Até lá, portem-se bem ;)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Blogagem de Outubro


Estamos em Outubro e a Aldeia da minha vida tem uma nova proposta! Alguma vez conheceu um castelo e ficou a morrer de amores por ele? Já teve o privilégio de acordar com a janela virada para um castelo? Tem uma história ou uma lenda interessante sobre um castelo que possa partilhar connosco? 

Enfim, há inúmeras possibilidades para que possa falar daquele castelo, que é o preferido. Basta enviar um texto e/ou fotografia ou filme.para : aminhaldeia@sapo.pt, até 15 de Outubro.

De 10 a 30 de Outubro, comente e responda aos nossos desafios.
Será pontuado por cada :
- texto vale 10 pontos;
- comentário vale 3 pontos;
- primeira resposta certa vale 5 pontos;

Os três primeiros mais pontuados até ao dia 31 de Outubro, ganha o livro"Aldeias Históricas de Portugal-Guia Turístico" no valor de 17 €.

Se acha que vale o prémio, participa já!

Na fnac de Viseu...foi assim

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Olá Amigos da Aldeia da minha vida!

O mês de Setembro passou rápido com esta viagem pelas serras. Sem darmos por isso, viajámos um pouco pelo país e pelo mundo com as histórias relatadas na primeira pessoa. Ora vejam: Começámos pelo norte de Portugal, entre o Douro a Beira Alta, onde demos com o Cristo Rei na Serra da Marofa, de seguida demos uma espreitadela na Serra da Malcata, bem silenciosa para descobrir se ainda vivem por lá Linces ibéricos. Do bicho não tivemos noticias...apenas trouxemos a esperança de que um dia volte a passear por lá…

Como estávamos mesmo ao lado, seguimos a sugestão do José Pinto para conhecer o desejado miradouro do Penedo Furado bem perto da Cabeça, em plena Serra da Estrela. Depois de respirarmos ar puro, chega a vez de rumarmos à costa…até à Serra D´Aire. Pelo rasto das pegadas, deu para imaginar o enorme porte dos animais jurássicos que passaram por lá, mas o que realmente nos deixou desarmados foi a beleza natural das suas fabulosas grutas.

O passeio estava a meio e ainda tínhamos muito para ver e andar! Às portas da capital, eis o “Monte da Lua” que cativou o olhar do nosso poeta bloguista João Celorico. Mas certamente não foi o único a encantar-se com o seu palácio e toda aquela magnifica floresta: escritores românticos portugueses escolheram a Serra de Sintra, como tema dos seus livros mais célebres…Quem não se lembra de Almeida Garrett com a sua “viagem pela minha terra” e da história da Joaninha?

Muito ficou por dizer e conhecer por estes recantos…mas era hora de partir para outras bandas…o barco fazia a sua última chamada de embarque, rumo à Serra de Gates Ocidentais, na Índia. Aquela que seria a primeira viagem para muitos, como foi para o nosso herói Vasco da Gama… Nada como rirmos um pouco,  com a história caricática do nosso amigo Henrique, sobre “corajosos generais”…

A vontade de saber mais  já parece ser um vício…faltava conhecer outras serras do outro lado do mundo…Rumando a ocidente onde Pedro Alvares Cabral imaginou que iria dar à mesma Índia, damos com a Serra do Caraça ! Não pensem que nos enganámos no nome, é assim que se chama, tal como a Serra da Mantiqueira e a Serra da Curitiba. Tudo isso está contemplado no país dos “nostros irmãnos”. A beleza natural destas serras, cheia de arvores imponentes e exóticas que deixa-nos sem palavras…e cheios de sede…com tanto calor que está por lá …

Chega agora a hora de voltar e cair na nossa realidade que está fora dos nossos computadores.

Decerto  aprendemos algo: O espanto pela beleza natural de cada uma delas, leva-nos a pensar o quanto é belo o planeta em que vivemos e como somos pequenos, ao lado dessas grandes maravilhas, que são as serras. Cada vez mais é importante conhecer e preservar o nosso património natural.

Agora é a vez de anunciar a pontuação dos nossos participantes.
Os 8 participante mais pontuados são:

João Celorico: 49
Flora Maria : 44
Anabela: 34
Milu: 33
José Pinto: 22
Tânia : 18
Sandra Andrade : 13
Henrique Antunes: 10

A Administração da Aldeia da Minha Vida agradece, mais uma vez, a todos pela participação activa nesta blogagem. Sem vocês, esta Aldeia  não seria nada!

Conforme prometido, os três mais pontuados irão receber como prémio o livro “Aldeias Históricas de Portugal - Guia turístico”. Uma edição da Olho de Turista e da autoria de Susana Falhas.
Agradecemos aos premiados que enviem a sua morada para proceder ao envio do livro.

Queremos também deixar um convite a todos os leitores e amigos da Aldeia da Minha Vida, para comparecerem numa Fnac mais perto da vossa casa: a partir de amanhã vamos retomar a nossa digressão para apresentar o guia das Aldeias Históricas de Portugal por este país fora.

Anotem por favor na vossa agenda:
* Viseu
Livraria Fnac Viseu
Palácio do Gelo
2 de Outubro /18 h

* Vila Nova de Gaia
Livraria Fnac de Gaia
Gaia Shopping
5 de Outubro/ 17 h

* Almada
Livraria Fnac de Almada
Almada Fórum
15 de Outubro/21h.30m

* Porto
Livraria Fnac Porto
Norteshopping Porto
23 de Outubro/21h.30m

E preparem-se, amanhã vai ser anunciado o próximo desafio que terá início no próximo dia 10 de Outubro.

A Administradora:
Susana Falhas

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Os Santos Generais

INTRODUÇÃO
"Os Gates Ocidentais são uma cordilheira no oeste da península Indiana. Estendem-se ao longo dos limites ocidentais do planalto do Decão e o separam de uma planície costeira estreita que é banhada pelo mar Arábico. A cordilheira, cujo extremo norte localiza-se ao sul do rio Tapti, próximo à divisa entre o Guzerate e Maharashtra, estende-se por cerca de 1 600 km e percorre os estados de Maharashtra, Goa, Karnataka, Tâmil Nadu e Kerala, até atingir o cabo Comorim, extremo meridional da península. A altitude média é de cerca de 900 m.


Sua composição inclui basalto, laterita e calcário. A cordilheira data da Era Cenozóica. Seu ponto culminante é o Ana Mudi, no estado de Kerala, com 2 695 m."


OS SANTOS GENERAIS!

Em 1770, os maratas indianos da cordilheira dos Gates resolveram descer e fazer saques nas proximidades de Goa. Revoltado, o vice-rei D. João José de Melo organizou 200 homens escolhidos a dedo e 2 generais intrépidos: S. Francisco Xavier, das Índias, e Sto António, de Lisboa! O tenente-coronel Manuel Pessinga Tinoco teve ordens, expressas e formais, de observar e cumprir, à risca, as ordens dadas pelos generais!

Marchava o destacamento em som de guerra, quando viram o inimigo. Mal o inimigo disparou, dispararam os portugueses a fugir! Mais depressa correu a notícia da fuga!

Quando no dia seguinte o tenente-coronel Tinoco chegou a Goa, foi preso e levado a julgamento militar. O julgamento foi fantástico!

Averiguado, sem ponta de dúvida, que os 2 generais, seus superiores, não tinham dado quaisquer ordens, ou instruções, e assim se ver que estes tinham fugido, o Tribunal considerou legitimada a fuga de Tinoco, absolvendo-o por completo!

Não consta que os santos fossem levados a tribunal.

Escrito por: Henrique Antunes Ferreira, do blogue A minha travessa do Ferreira


Já sabem! Cada comentario vale 3 pontos!

No final do mês os três primeiros que coleccionarem mais pontos terão como prémio: um livro "Aldeias Históricas de Portugal-Guia Turístico".

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A SERRA DO CARAÇA (2ª parte)


            Pousada, museu e santuário.

Eu já fui a essa serra várias vezes, desde menina. É um lugar de muita paz e harmonia. Lá podemos encontrar a natureza preservada nos seus rios de águas claras, cachoeiras, matas e diversos animais silvestres, como os lobos-guará que todas as noites chegam até o pátio para alimentarem-se pelas mãos de um padre.

No Caraça também tropeçamos em história. Obras de mestre Ataíde, do século XVIII-XIX, livros centenários, mobiliário antigo, construções de pedra no melhor estilo português.
Podemos visitar a horta e o pomar, de onde saem os alimentos que nas mãos de fadas das antigas cozinheiras do velho restaurante transformam-se em manjares!


Uma curiosidade elegantíssima, que não posso deixar de relatar! A pedra onde o imperador D. Pedro II escorregou, quando esteve visitando a serra. Virou atração turística !!!


Por tudo isso e muito mais, é que considero a Serra do Caraça um dos lugares mais bonitos que conheço. E lhes digo que vale a pena visitar!


Escrito por: Anabela Jardim, do blogue Anabela Jardim
Já sabem! Cada comentario vale 3 pontos!


No final do mês os três primeiros que coleccionarem mais pontos terão como prémio: um livro "Aldeias Históricas de Portugal-Guia Turístico"

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A SERRA DO CARAÇA - Cidade de Santa Bárbara, Minas Gerais, Brasil.

Vista geral da serra e suas construções.foto copiada de http://www.descubraminas.com/

Nasci e vivo na terra das alterosas, como é conhecido aqui no Brasil o estado de Minas Gerais, pela presença marcante de suas serras. Serra da Mantiqueira ao sul e Serra do Espinhaço ao centro-norte, em cada lugar um nome diferente para partes distintas dessas espinhas dorsais.


A serra sobre a qual irei aqui relatar é do conjunto Espinhaço, e fica na parte central do estado, região ocupada desde o século XVIII em função da exploração dos minerais preciosos.

Seu nome é Serra do Caraça. Essa denominação se dá porque em seu ponto mais elevado as ondulações visualizadas ao longe, possuem o aspecto de um rosto.

                                                           O Caraça, no alto da serra.

O primeiro habitante dito civilizado do lugar, foi um refugiado português de nome Carlos Mendonça Távora, que no Brasil adotou o nome de Irmão Lourenço de Nossa Senhora, pela Ordem Terceira de São Francisco, e ali fundou uma capela em devoção a N. S. Mãe dos Homens, anexada a um seminário. Hoje funcionando como santuário e hotel.

Amanhã segue-se a segunda parte desta participação. Até lá!

Escrito por: Anabela Jardim, do blogue Anabela Jardim


Já sabem! Cada comentario vale 3 pontos!
No final do mês os três primeiros que coleccionarem mais pontos terão como prémio: um livro "Aldeias Históricas de Portugal-Guia Turístico"

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Hoje é dia...

imagem retirada da internet

...Mundial do Turismo.

Desfrute bem do dia...
... e tenha um bom olho de turista!

domingo, 26 de setembro de 2010

A LENDA DA SERRA DA MANTIQUEIRA

"Conta a lenda que, em tempos idos, uma formosa índia da tribo Tupy apaixonou-se perdidamente pelo Sol, e passava os dias a banhar-se na sua luz.


O Sol, o Guerreiro do Cocar de Fogo, tambem enamorado da bela índia, passava dias e noites no céu para ficar perto da sua amada, não deixando que a paz da noite serenasse a Terra.

Os pastos se incendiavam, a capoeira secava e ferviam os lamaçais.

A Lua, com ciúme da mulher que roubou-lhe a atenção do Sol, foi queixar-se a Tupã, e este ergueu um enorme paredão para esconder do Sol sua enamorada.

A índia, impedida de ver seu amado, verteu rios de lágrimas, torrentes de água. A montanha foi chamada de MANTIQUEIRA (A-man-ti-kir) que quer dizer Serra que Chora, devido à grande quantidade de nascentes que brotam em suas encostas.

Essas nascentes são as lágrimas da bela índia de que ninguem lembra o nome..." Mas eu, até hoje lembro a primeira vez que por essa Serra andei, menina ainda, fascinada com tanto verde, e "comendo" poeira na estrada de terra.

Incontáveis viagens fiz pela “Serra que Chora” ao longo da minha vida, mas é sempre um deslumbramento respirar seu ar tão puro e olhar sua verde paisagem.

A Serra da Mantiqueira é uma cadeia montanhosa que se estende por 3 estados do Brasil: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Possui aproximadamente 500 kilometros de extensão e sua altitude chega quase aos 3.000 metros.
 
Escrito por Flora Maria do blogue Flora da Serra: Raizes da Mantiqueira
 
Já sabem! Cada comentario vale 3 pontos!

No final do mês os três primeiros que coleccionarem mais pontos terão como prémio: um livro "Aldeias Históricas de Portugal-Guia Turístico"

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Já fui à Serra...(segunda parte)

Prestes a rebentar de curiosidade e ainda não totalmente refeitos da euforia da nossa proeza, penetrámos numa das cavernas que logo nos aprestamos a explorar minuciosamente, e cada um por sua conta entreteve-se a dar largas à imaginação. Eu, claro, não conseguia deixar de sonhar que por ali escondido, algures, poderia estar um tesouro, ouro, estatuetas, potes, ou mesmo um terrível segredo antigo… Tanta coisa que a minha pródiga e fértil imaginação se encarregava de aventar! E, quando desejamos uma coisa com muita intensidade, ela acontece…


Subitamente um de nós soltou uma exclamação. Um dos rapazes, afoito, havia enfiado uma das mãos num escuro buraco, mas quando a retirou esta empunhava um pequeno objecto. Surpreendidos e expectantes fitámos a palma aberta, na qual jazia uma pequena caixa de plástico, daquelas de ourivesaria, vulgarmente utilizadas na embalagem dos fios de ouro, anéis, etc. Dentro da dita caixa encontrava-se uma mensagem, um rapaz, provavelmente adolescente, rabiscara em trémulas letras o seu amor por uma jovem, de quem anotara ali mesmo, na inesperada missiva, o nome e a respectiva morada, fazendo apelo para quem encontrasse a caixa, que a fizesse chegar às mãos da sua Dulcineia. Enleados e comovidos com tão assolapada paixão, logo ali prometemos, muito convictos, de que haveríamos de dar seguimento à coisa. Depois do nosso achado esmoreceu-nos o entusiasmo pelas explorações, pelo que decidimos iniciar a descida da costa, tarefa que não nos ofereceu dificuldades por aí além, para baixo todos os santos ajudam. Mas antes ainda tivemos de fazer a nossa maldadezinha, é da praxe, já que a nossa aventura carecia de mais emoções, por isso demos em lançar lá do alto uns grandes pedregulhos, que desamparados desembolavam encosta abaixo, e que para nosso grande descontentamento, terminavam abruptamente a desalmada corrida sustidos nos troncos das oliveiras, e foi nesse momento que me ocorreu à ideia, que afinal os antigos não eram assim tão parvos, pois as oliveiras não haviam sido plantadas ali para fornecer azeitona, como já antes havia julgado, mas sim para amparar a queda de pedras e evitar que estas se depositassem no fértil vale.

Escusado será dizer que a missão que nos fora incumbida pelo desconhecido e fervoroso amante teve um desfecho inglório. Embrenhados já noutras brincadeiras bem depressa nos esquecemos da caixinha encantada. Para dizer a verdade, nem sequer sei o fim que levou. Mas não posso deixar de pensar que o destino daqueles dois jovens poderia ter sido diferente, se não tivesse havido o inconveniente da localidade de residência da jovem distar da nossa cerca de 5 km, ou se algum de nós enviasse a mensagem pelo correio… Tão simples quanto isso … Mas nem tudo foi em vão! Esta história de amor permanece viva na minha memória, facto que me faz pensar o quanto os nossos actos podem ter reflexo nas outras pessoas, até mesmo nas desconhecidas!


Escrito por Milu, do blogue Miluzinha
Já sabem! Cada comentario vale 3 pontos!

No final do mês os três primeiros que coleccionarem mais pontos terão como prémio: um livro "Aldeias Históricas de Portugal-Guia Turístico"

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Já fui à Serra…(primeira parte)

Imagem retirada da Internet

Da Arrábida, à Serra do Buçaco e à nobilíssima Serra da Estrela. Destas majestosas serras guardo recordações que ao longo do tempo foram perdendo alguma da sua nitidez, ainda assim permanecem suficientemente vivazes nos recônditos da minha memória, para delas me ser possível extrair assunto capaz de reverter numa singular e curiosa história. Mas faço questão de não ir por aí… Muito ao meu jeito, e para não trair o meu já reconhecido estilo, antes optei por trilhar um outro caminho e mais uma vez empreender uma viagem ao passado para nele rebuscar uma história, que apesar de velha e poeirenta, não deixa mesmo assim, de representar com denodo e excelência o espírito da presente blogagem.

Era eu uma menina ladina, na irrequieta idade dos joelhos esfolados, quando num belo dia, inspirados pela série televisiva “Os Pequenos Vagabundos”, eu e um grupo de amigos, na busca de aventura e descoberta, decidimos subir a extremidade nordeste do planalto de Santo António, mais precisamente da designada "Costa de Mira", que faz parte do PNSAC (Parque Natural das Serras D’Aire e Candeeiros), na mira de explorarmos as três misteriosas cavernas que adornam os píncaros de tal lugar.

Quando na nossa inexperiência deliberamos intentar tal gesta, esta afigurou-se-nos fácil, mas uma vez encetada a empresa, não havíamos ainda calcorreado meio percurso e já as antes tão felizes expectativas eram goradas, pois depressa nos apercebemos de que os nossos erráticos cálculos, a pedir palmatória, nos iriam valer um verdadeiro cabo das tormentas, pois ficou-nos cara a incúria! Quebrantados, constatámos que subir a costa a pique, não era de forma alguma uma tarefa para crianças, afinal, por algum motivo nos passeios pedestres se utilizam os trilhos, mas estes, se os havia em tão inóspito lugar, não chegámos a dar por eles. Por entre toda aquela infinita extensão por desbravar nada mais se avistava que não fossem pedras e oliveiras! Não fôssemos nós uns miúdos habituados à dureza da vida, como por exemplo, palmilhar o caminho para a escola a pé, durante toda a santa semana, à chuva e ao frio, ou debaixo de um céu de trovoadas e relâmpagos, e teríamos com toda a certeza fracassado na intentona, em vez disso, fizemos da fraqueza força, das “tripas coração”, e quando a costa se encrespava demais, agarrávamo-nos com ímpeto aos viçosos fetos, que para nosso regozijo estavam sempre onde eram precisos, e alavancados pelas providenciais plantas silvestres, impelíamos o moído e devastado corpito em direcção ao céu. Uma vez chegados ao alto, à nossa gloriosa meta, o sentimento de triunfo e satisfação mal cabia dentro de nós! Durante uns instantes, que nos pareceu uma eternidade, mergulhámos num profundo silêncio, num profundo e revelador silêncio, pois havíamos em conjunto acabado de constatar de que tudo nos é possível, desde que haja em nós a vontade férrea de vencer.

Escrito por : Milú , do Blogue Miluzinha
 
Já sabem! Cada comentario vale 3 pontos!

No final do mês os três primeiros que coleccionarem mais pontos terão como prémio: um livro "Aldeias Históricas de Portugal-Guia Turístico"

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

NO BRASIL...CURITIBA À PARANAGUÁ-DESCENDO ATÉ MORRETES.

imagem retirada da internet

A Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, criada em 1880, é hoje uma das mais famosas do Brasil. Construída sobre a Serra do Mar, teve de vencer grandiosos obstáculos do relevo que pareciam ser impossíveis de se realizar para construção de sua linha férrea. Seu primeiro trecho foi inaugurado em 1883 e já em 1885 estava concluída, sendo então, a primeira ferrovia do Estado do Paraná. Mais tarde continuou se expandindo até 1892 quando alcançou o porto de Antonina.


A linha ainda hoje, em seus 110 quilômetros de extensão que descem os 900 metros da serra, guarda alguns trechos originais daquele tempo, o que perpetua a comprovação do arrojado projeto do século passado. Você já se imaginou passando por um túnel bem no meio de uma enorme serra? Não? Então você precisa fazer essa viagem.

                                                          (fonte de pesquisa Net)
Nosso Brasil, tem muitas Serras belíssimas. Lindos passeios. Pena que não podemos colocar todas...

Então vamos ao passeio...

Quer viajar um pouquinho mais. CLIQUE AQUI

Acesse o blog para ver um pouquinho mais dessas beleza. veja mais fotos aqui http://sandrarandrade7.blogspot.com


Escrito por: Sandra Andrade, do blogue Uma interacção de amigos

Já sabem! Cada comentario vale 3 pontos!

No final do mês os três primeiros que coleccionarem mais pontos terão como prémio: um livro "Aldeias Históricas de Portugal-Guia Turístico".